Crase
Usa-se sempre o acento indicativo da crase (à):
1. Nas expressões que indicam horas. Ex: Cheguei às nove horas. 2. Nas locuções conjuntivas e adverbiais formadas de substantivos femininos, tais como à medida que, às vezes, às pressas, etc. Ex: Às vezes, ele vem a minha casa. 3. Na expressão à moda de, à maneira de, ainda que “moda” seja subtendida. Exemplo: Ele criou um estilo à moda de Machado de Assis. / Ele escreve à Machado de Assis.
Observações: Antes dos pronomes possessivos femininos e antes de nomes próprios femininos o uso do artigo é facultativo. Disso resulta que se houver preposição antes dessas palavras, a crase ocorrerá também facultativamente, dependendo da presença ou não do artigo. Exemplos: Desejo felicidades à sua irmã. / Desejo felicidades a sua irmã. / Desejo felicidades à Denise. / Desejo felicidades a Denise.
Não se usa crase: 1. Diante de verbo. Ex: Continuei a estudar. 2. Diante de masculino. Ex: Andou a cavalo. 3. Diante de pronome indefinido. Ex.: Não obedece a nenhuma lei. 4. Diante de pronomes demonstrativos. Ex: Refiro-me a esta aluna. (Obs.: Exceto aquele e flexões). 5. Diante de artigo indefinido. Ex: Aludi a uma prova difícil. 6. Diante de pronome de tratamento. Ex: Dei o livro a V.Exª e não à senhora. (Exceção: senhora, dona e madame.) 7. Diante da palavra casa, significando o próprio lar. Ex: Vou a casa apanhar dinheiro para ir à casa da minha tia. 8. Diante da palavra terra, significando “terra firme”. Ex: Logo que o navio atracou, fui a terra. 9. Entre palavras repetidas. Ex: Enfrentou cara a cara os marginais.
Observação: Com referencia a lugares, podemos usar uma regra bastante prática para saber se o “a” deve ser craseado ou não.
Exemplos: Vou à Bahia. Vou a Recife. Venho da Bahia. Venho de Recife. Estou na Bahia. Estou em Recife.
ATENÇÃO: Se o nome da cidade for modificado por um adjetivo feminino, o “a” deve