Crack
Os principais meios de comunicação nos dão a impressão de que, em relação ao uso de drogas, vive-se uma epidemia sem controle, caracterizada principalmente pelo consumo de crack, cocaína e maconha. Ao assumir esse tom pessimista e alarmista a respeito das drogas ilícitas, os meios de comunicação muitas vezes deixam de informar que os maiores problemas com drogas em nosso país, ainda são decorrentes do consumo de álcool e tabaco (drogas lícitas). Esta postura alarmista pode gerar uma sensação de descontrole e desespero por parte dos adultos, levando-os a um controle desmedido da vida dos jovens em detrimento de ações muito mais efetivas, como a aproximação e o diálogo.
Outra conseqüência desse tipo de abordagem em relação às drogas é que se pode promover uma maior atração pelo consumo de substâncias. Ao explorar em demasia os efeitos das drogas, a mídia pode estar despertando no jovem curiosidade em torno dos efeitos provocados por elas, especialmente entre aqueles que, ao tomar contato com as notícias, julgam que "todo mundo está usando" e que, portanto, "para ser aceito" também deve usar alguma droga.
No que concerne a publicidade das drogas lícitas (bebida e medicamento) a situação é ainda mais preocupante, pois a influência da mídia pode favorecer comportamentos de risco não apenas dos jovens, mas de adultos e até de crianças. Recentemente as propagandas de cigarro foram proibidas enquanto que as de álcool, apesar de uma restrição quanto ao horário de veiculação da propaganda, continuam influenciando maciçamente os jovens.
A publicidade desses produtos associa beber com diversão, charme, alegria, aventura, sucesso profissional e aceitação social. As tímidas