Crack
Os primeiros relatos de uso de crack no Brasil datam do final dos anos 80 e inicio dos anos 90. Substância fácil de ser adquirido por seu pequeno valor ou até mesmo trocado por objetos de pequena importância, apesar de verificarmos o alastramento do seu uso também em outras classes sociais, o crack continua sendo associado à pobreza e mendicância, o que contribui para que seja apontado como a droga de maior poder destrutivo em menor período de tempo.
Efeitos do crack
O crack foi apontado como uma droga devastadora, com seu efeito de curta duração que pode levar rapidamente a um uso compulsivo, desencadeando dependência. Nos usuários que fazem uso abusivo do crack, associado ao cigarro e ao álcool, sacrificando a alimentação, ocorre geralmente um processo de emagrecimento. Foram relatados efeitos/ sintomas como enjoos, náusea, ânsia de vômito, dores de cabeça, calafrios, tontura, vista escura e queda de pressão, suadeira, aumento na temperatura do corpo, quentura na ponta dos dedos e na sola dos pés após o uso, dores no peito. Há ainda as consequências psíquicas como confusão mental, alucinações no pós-uso, depressão, tristeza, stress e nervosismo relacionados aos períodos de abstinência, especialmente por tratar-se de população de baixa renda, muitos vivendo em situação de risco social, sem uma estabilidade na aquisição da substância. Muitos dos dependentes de crack passam a ter uma aparência física que os marginaliza e estigmatiza, geralmente apresentando emagrecimento, marcas da violência pelo corpo, cicatrizes, tatuagens mal-feitas, dentes quebrados ou que faltam, sem falar nos já conhecidos problemas sociais como baixa escolaridade, desemprego e desestrutura familiar. O uso do crack, sua associação com outras drogas e a relação socialmente estabelecida com a criminalidade, tráfico, prostituição e violência tem sido um problema de saúde pública entre jovens moradores de bairros pobres das grandes cidades