Crack no brasil
Os números são assustadores, e remetem a verdadeira epidemia, sem controle, sem vacina, sem especialistas suficientes para tratar da doença. Muito menos para preveni-la. O assunto é o crack, que atinge hoje, no Brasil, nada menos de 1,2 milhão de pessoas, que começam a usar a droga a partir dos 13 anos. Os dados foram apresentados ontem, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados.
Na verdade, eles representam uma estimativa, feita com base em dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Mas refletem bem a realidade do país, até agora à mercê desta hedionda epidemia que atinge a família brasileira, de todas as camadas da sociedade.
Aliás, embora com atraso, excelente a ideia da criação desta frente parlamentar que, espera-se, alcance o sucesso em seus objetivos essenciais, quais sejam o de lutar, incessantemente, contra a epidemia de crack que atingiu o país.
Na verdade, a epidemia já estava entre as prioridades do Ministério da Saúde, que, em dezembro passado, lançou a criativa Campanha Nacional de Combate ao Crack, já de posse de dados extremamente preocupantes sobre o crescimento assustador do consumo da droga no Brasil.
Entretanto, somente uma campanha não resolve a intrincada questão. É preciso investir mais, tanto no combate ao tráfico como no tratamento dos usuários. O mais grave é a popularização da droga entre jovens dos 15 aos 29 anos de idade, justamente o público alvo da última ação do Governo federal contra o crack.
E a constatação, do próprio Ministério da Saúde, é a de que não se conseguiu resolver a situação criada pelo crescimento importante do número de brasileiros dependentes do crack. Na verdade, são insuficientes as clínicas especializadas no tratamento destes dependentes químicos conveniadas ao Sistema Único de Saúde. Importante destacar que o próprio convencimento do usuário para que se submeta ao tratamento ou à