Crack ,doença urbana
O poder público tem de encarar o crack como um problema social grave, pois envolve uma pespectiva interdisciplinar para seu enfrentamento. É um problema de saúde pública, pois muitos de seus usuários acabam desenvolvendo problemas psiquiátricos e orgânicos seríssimos. É um problema que envolve iniciativas de educação da população usuária, pois é necessário que o poder público crie condições para que essas pessoas tenham contato com algo produtivo, criativo, para que possam ocupar seu tempo de maneira produtiva e sair da dependência dessa terrível droga. Enfim, é um problema social, pois a presença de um usuário em casa acaba por desarticular e até mesmo destruir famílias que se veem reféns das vontades dos usuários, que muitas vezes vendem objetos de suas casas para sustentar esse famigerado vício.
Ao contrário da maconha, da cocaína e de outras drogas sintéticas que são produtos que se pode ter algum controle e o tratamento em grande parte dos usuários têm resultados satisfatórios, o crack é uma droga terrível, sem controle, que apesar de barata leva o indivíduo a consumi-la diversas vezes ao dia e, ao final de seu uso, leva o usuário a uma situação de depressão profunda, levando-o a querer fumar ainda mais.
A história dessa droga está intimamente ligada à cocaína. Como essa droga era considerada como um produto caro, destinado a população com maior poder aquisitivo, criou-se, a partir dos anos 1970, uma cocaína mais acessível, misturando-se uma série de elementos químicos a ela. Na década de 1980, o crack se tornou fortemente popular, principalmente entre a população pobre das principais