corrosão
Wandercleiton da Silva Cardoso, wcardoso@ifes.edu.br; [2]
Pedro Gabriel Bonella de Oliveira, pgbonella@hotmail.com; [3]
Andre Itman Filho, andrei@ifes.edu.br; [4]
Resumo
Os aços inoxidáveis duplex apresentam predominância das estruturas ferrítica e austenítica com características singulares para aplicações na indústria petroquímica, onde resistência à corrosão e mecânica são importantes. Conforme a literatura o nióbio tem uma grande influência na transformação das fases ferríticas e austeníticas dos aços duplex, além do refino de grão da microestrutura. A fase sigma, rica em cromo e molibdênio, é formada principalmente durante aquecimento na faixa de temperatura entre 600 a 900ºC. A proposta deste estudo é avaliar a influência do nióbio no aço inoxidável austeno-ferrítico SEW 410 Nr 14517 na formação de fase sigma após tratamentos térmicos em temperaturas próximas a 850ºC. Testes galvanostáticos foram realizados para observar a influência das quantidades de fases no potencial de pite deste aço em solução salina com 3,5% de cloreto de sódio. Os resultados mostraram que o aumento da fase sigma proporcionou um acréscimo da dureza e redução do potencial de pite.
Palavras chaves: aço inoxidável austeno-ferrítico, fase sigma, nióbio, tratamento térmico.
1. INTRODUÇÃO
Os aços inoxidável dúplex pertencem a uma classe de materiais com microestrutura bifásica, composta por uma matriz ferrítica e ilhas de austenita, com frações volumétricas dependentes da composição química e do tratamento térmico(1). O cromo é o principal responsável pela resistência à corrosão, enquanto a adição de níquel melhora a resistência mecânica à quente. O carbono dissolvido, tem a função estabilizante da austenita, mas prejudica a resistência à corrosão dos austeno-ferritícos. O nióbio que possui afinidade com o carbono e diminui a susceptibilidade à corrosão