Correntes filosoficas
Os idealistas acreditam que o mundo externo e material é produzido pela mente ou pelas ideias, de que não pode existir separadamente. A realidade, por conseguinte, começa dentro da mente e não fora dela.
PLATÃO (428-354 a.C)
Para PLATÃO, tudo no mundo material deve sua existência a uma ideia perfeita, eterna e imutável a partir da qual é modelado. Ele chamou essas ideias de “formas”. Formas de noções abstratas, como coragem e justiça, servem de ideal para as pessoas, que se esforçam por alcançá-las. Assim como imaginamos um cavalo ideal, perfeito, podemos imaginar um ideal de justiça e nos esforçarmos para alcançá-lo.
A “forma” ideal mais famosa de Platão é sua ideia de uma sociedade ideal, que ele descreveu no diálogo “A República”. Neste, Platão expressou firmes opiniões sobre a estrutura da sociedade. Ele acreditava que as pessoas se dividem em tipos. Algumas não são especialmente brilhantes e nunca poderão esperar ocupar posições importantes. Ele disse que essas pessoas têm alma de bronze e se destinam à agricultura e outros trabalhos. Platão rotulou esse grupo de “trabalhadores”. Acima dele estão aqueles com alma de prata: essas pessoas possuem alguns talentos e podem vir a ser importantes para a sociedade, sendo mais adequadas a policiar e a proteger o Estado. Platão chamou esse grupo de “soldados”. No alto da escada estão aquelas pessoas com alma de ouro, que têm a inteligência e a educação necessárias para se tornar filósofos e governantes — os “guardiães”.
Platão argumentou que os filósofos são os melhores líderes porque são sábios e têm menos probabilidade de se comportar irracionalmente. Ele acreditava que o Estado permaneceria estável e justo com filósofos no poder. Sua sociedade ideal é uma estrutura ordenada, onde as pessoas permanecem fixas em seus papéis. Todas são treinadas até o limite de sua habilidade, que garante sua posição na vida. Seria impróprio um agricultor governar o Estado ou um filósofo trabalhar a terra.