Correntes filosoficas
Pode-se afirmar que o desenvolvimento das pesquisas científicas na área da educação é, ainda, um processo embrionário e em construção. Muito se tem a caminhar. Contudo, a relevância da pesquisa em educação é indiscutível, uma vez que a educação tem avançado muito na conquista da democratização do ensino. Entretanto, para conquistar a educação de ‘qualidade para todos’ exige-se, ainda, muito aperfeiçoamento. Por isso, professores, alunos, pais e a sociedade em geral devem apoiar as pesquisas em educação, e fazê-las realmente eficazes na busca da construção de uma escola mais inclusiva.
No presente texto, propõe-se discutir os pressupostos teóricos das pesquisas mais comumente usados em educação, explicitando temas como paradigmas, epistemologia, conhecimento, ciência, pesquisa, educação, etc. Destaca-se , também, a importância de conhecer os diversos paradigmas e da adoção de um deles para nortear as pesquisas atuais.
Inicialmente, para justificar a importância da evolução do conhecimento, vale recordar as teorias do geocentrismo e do heliocentrismo. Tal exemplo mostra a transitoriedade e, principalmente, que uma verdade científica pode ser superada e outra verdade ocupará o seu lugar. O conhecimento é, portanto, provisório. Nesse prisma, não existem verdades absolutas e acabadas e o conhecimento está sempre superando crenças e realizando novas descobertas. Por isso, a verdade científica é um processo em permanente construção e reconstrução.
Segundo Chizzotti (2005) a ciência e as pesquisas cresceram e se desenvolveram a partir de um processo de busca metódica das explicações causais dos fatos ou da compreensão exaustiva da realidade. O mesmo autor conceitua pesquisa como “um esforço durável de observações, reflexões, análises e sínteses para descobrir as forças e as possibilidades da natureza e da vida, e transformá-las em proveito da humanidade”. Desse modo, a pesquisa carece de responsabilidade e da ética, devendo produzir conhecimentos que sirvam