corpo e movimento na educa o infantil
A linguagem do corpo
Passos e gestos se transformam em instrumentos de comunicação e expressão
PAULO ARAÚJO (novaescola@atleitor.com.br)
Carmen orienta as pequenas bailarinas: movimentos inspirados em brincadeiras.
Foto: Alexandre Battibugli
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Expressividade na creche Durante as aulas da professora Carmen Orofino, na Escola Viva, em São Paulo, as crianças soltam a imaginação: derretem-se no chão como um sorvete, flutuam imitando um floco de algodão, correm como um rio e até voam feito uma borboleta. Isso porque, todos os anos, elas são convidadas a se envolver num projeto de expressão corporal baseado no uso intencional de movimentos inspirados em brincadeiras e histórias recorrentes na vida dos pequenos. Seguindo a metodologia bem planejada pela professora, eles acabam descobrindo que o corpo fala e chegam à 1ª série com os membros mais flexíveis, praticando Educação Física com mais prazer.
A apresentação para os pais no fim do ano é sempre muito esperada, mas ela não deve ser o único objetivo do trabalho. Outra coisa que se evita é focar o projeto no estudo sistematizado de uma técnica de dança específica. "Isso até pode acontecer com alunos que já passaram dos 7 anos", aconselha Carmen. "O mais importante, ao longo do calendário de atividades, é a sala virar um laboratório de experimentos e que o corpo das crianças se transforme de fato num instrumento de comunicação e expressão", resume a coordenadora pedagógica Leila Bohn. As estratégias utilizadas na escola paulistana deixam todo mundo falando pelos cotovelos e pelos pés, mãos, braços, cabeça...
Sequência de atividades
1. A CONQUISTA DA TURMA
Um bom projeto de expressão corporal começa com estratégias que atraiam todos os alunos, inclusive os meninos, que algumas vezes demoram mais para se envolver. Na Escola Viva, Carmen fala para a garotada sobre os