CORONELISMO

1.1. Os Coronis Este trabalho busca perceber e discutir fatores que levaram os oligarcas brasileiros do serto semi-rido da regio Nordeste do Brasil ao mundo da poltica e domnio social em suas reas de influncias. No h como entender a fora dos oligarcas e suas relaes polticas com os Estados e com o pas se no for por estas mesmas presses que lanaram homens e mulheres pobres para os guetos do litoral (comunidades carentes nos manguezais ou em favelas) ou para o crime nos sertes. Dentre os mais diversos fatores que nos norteiam podemos indicar a quase inrcia dos costumes e das relaes impostas ao ambiente sertanejo, vida e aos prprios homens daqueles lugares, como um fator de isolamento que dificultava as relaes scio-polticas. Quanto mais pobre mais se era explorado. Todavia, as relaes de compadrio escondiam a verdadeira realidade de submisso do pequeno campons ao seu fazendeiro, o coronel, este um resqucio dos tempos do Imprio perpassando para os tempos da Repblica, e aquele seu subordinado. Deve-se ficar claro aqui algumas coisas pertinentes ao Coronelismo, principalmente em duas questes Quem eram os coronis Por que o coronelismo no foi esquecido Adotamos a corrente da Histria Social e estruturamos a pesquisa, de maneira a refletir sobre a primeira questo proposta por ns, e, um painel poltico para respondemos a segunda indagao. Tambm a interdisciplinaridade e a interao entre as obras das cincias humanas nos ajudaram na reflexo sobre os fatores indispensveis ao entendimento do contexto social, espacial e temporal, como tambm, das singularidades e nuances do serto. O cdigo tico sertanejo, este modus vivendi do semi-rido, em vrios momentos ser abordado, pois, sem o estudo dele, a viso da sociedade sertaneja perante a conjuntura do coronelismo ficaria bem difcil de ser compreendida ou incompleta em seu entendimento. Trata-se de um perodo de efervescncia poltica, de grandes modificaes no cenrio poltico como um todo uma poca em que o progresso nas formas de trens,