Cora Coralina
Qual o melhor caminho para se chegar ao ponto mais alto da Literatura? O que leva um escritor de origem simples, quase sem estudo, alcançar a glória de produzir grandes obras e ser reconhecido e aclamado no meio de grandes escritores brasileiros?
Seguindo os passos dessa grande escritora Cora Coralina, iremos desvendar esse mistério que é a paixão pela escrita. Descobrir o que a encorajou e que caminhos seguiu para se tornar a Intelectual do ano em 1983 e ainda receber outros títulos e prêmio da União Brasileira dos Escritores, conservando as raízes de Aninha.
Nascida e criada as margens do rio Vermelho, cidade de Goiás, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, conhece e se encanta pela leitura. Inicialmente por figuras e logo após as primeiras letras. Começa ali um elo com esse mundo literário o qual carrega até a morte. “A partir desse momento, Aninha se transforma numa leitora apaixonada. Seu mundo não está mais na casa, na mãe, nas irmãs, na vó. Extrapola os paredões, as serras de sua cidade.” Trecho extraído do livro “Cora Coragem Cora Poesia”, Global Editora, São Paulo, 1989, 2º edição, pág. 16.
Quem poderia imaginar que iria despertar tanta curiosidade, tanto interesse e paixão pela escrita. Estudou somente até a 4º série, a família não lhe dava crédito, uma vez que, naquela época as moças deveriam aprender as prendas domésticas e como governar uma casa. Mas aninha não se deixava levar pelas broncas levadas ao demonstrar seu interesse pelas poesias. Aos 14 anos já escrevia seus primeiros textos, publicados nos jornais da cidade de Goiânia e outras cidades, em 1910, escreve seu primeiro conto titulado “Tragédia na Roça”.
Em 1911, conhece o advogado Cantídio Tolentino Brêta, que veio se tornar seu esposo. Agora Cora já em outras terras, interior de São Paulo, com 6 filhos, também não recebe apoio do marido para seguir seu sonho e continuar a escrever poemas.
Com uma vida de luta, inclusive seu casamento