Cora Coralina
Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas (20-08-1889) era o nome civil de Cora Coralina, a grande, a enorme poeta de Goiás. A primeira se foi em 10 de abril de 1985, mas nos deixou eternizada a sua criatura poética. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano e criou, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos A Rosa. Em 1910, seu primeiro conto, Tragédia na Roça, é publicado no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás, já com o pseudônimo de Cora Coralina.
Em 1911 conhece o advogado divorciado Cantídio Tolentino Brêtas, com quem foge. Vai para Jaboticabal (SP), onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. Seu marido a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP).
Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Em 1976, é lançado Meu Livro de Cordel, pela editora Cultura Goiana. Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.
Dizia Drummond: “Minha querida amiga Cora Coralina: Seu Vintém de Cobre é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( …).” (dados extraídos do livro Estórias da Casa Velha da Ponte, Global Editora)
Pedi à minha amiga e também poeta goiana Saramar Mendes de Souza licença para publicar um belo texto que ela escreveu sobre