Cooperativismo Virtual
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS SOCIAIS E AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
COOPERATIVISMO VIRTUAL: O CASO DA COOPERATIVA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL FAMILIAR DE NOVA VENEZA (COOFANOVE), EM SANTA CATARINA.
BANANEIRAS
MARÇO, 2014.
1. COOPERATIVISMO VIRTUAL
Quando comparadas ao modelo tradicional, as cooperativas virtuais são uma forma alternativa de cooperação. Uma das muitas diferenças é que, para a sua efetivação, não são necessários investimentos em instalações e equipamentos, pois cada cooperado utiliza a sua própria Unidade Familiar de Produção (UFP), e a cooperativa tem o papel de legalizar a produção dessas UFPs. Esse modelo de cooperativas surgiu por volta do ano 2000, por meio do incentivo da Emater do Estado do Paraná.
Para Guimarães Júnior (2002), as cooperativas virtuais representam uma quebra de paradigmas culturais, organizacionais, econômicos e produtivos ao fugirem da ideia majoritária de que, principalmente no setor agropecuário, a constituição de uma cooperativa envolve obrigatoriamente grandes instalações, o que não se aplica às cooperativas desse tipo. Outro diferencial desse empreendimento é o fato de que basta existirem produtores interessados e devidamente engajados ao movimento cooperativista para que se constituam as cooperativas virtuais. Para que as cooperativas virtuais gerem os resultados esperados, não há necessidade de um grande número de associados, o que assegura melhoras significativas na vida dos cooperados. Esse tipo de organização cooperativa, conforme Guimarães Junior (2002), não exige uma grande infraestrutura para armazenagem e beneficiamento do produto, uma vez que cada cooperado possuirá a sua própria Unidade de Produção Familiar (UPF), levando o produto já pronto para ser comercializado na cooperativa ou no próprio comércio.
As cooperativas inseridas no contexto de redes de cooperação, como no