CONVULS ES NEONATAIS
As convulsões nos RN ocorrem entre 3,8-14 por mil nascimentos. Nos RN de baixo peso admitidos na UTI, a incidência é de 20%. As convulsões têm valor como indicadores, tanto de morbidade como de mortalidade neonatais. O fato de o RN não apresentar convulsões corticais sincrônicas generalizadas se deve à características neuroanatômicas como proliferação glial, migração de neurônios, contactos axonais e dendríticos complexos, incompleta deposição de mielina e predomínio de sinapses inibitórias. CLASSIFICAÇÃO DAS CONVULSÕES NEONATAIS – Sutil: desvio dos olhos, pestanejar repetido, movimento de sucção ou buco-lingual, movimento de membro superior, apnéia, palidez. – Tônica: extensão tônica dos membros às vezes acompanhada de flexão dos membros superiores, mãos fechadas. Associa-se sinal ocular ou apnéia. Mais comumente observada em prematuros com hemorragia intraventricular, hipoxia grave e kernicterus. – Clônica Multifocal: movimentos clônicos de um ou de outro membro que migra para outra parte do corpo. Mais encontrada em RN a termo. – Clônica Focal: movimentos rítmicos, 1 a 3 por segundo em um braço, perna ou lado da face. – Mioclônica: movimentos simples ou múltiplos de flexão dos membros superiores ou membros inferiores. Raro no período neonatal. Os tremores constituem em um movimento desordenado que é freqüentemente confundido com convulsão. Como diferenciar tremor e convulsão: – O tremor não é acompanhado por movimentos oculares ou extraoculares, enquanto a convulsão é; – Os tremores são sensíveis aos estímulos, enquanto as convulsões não são; – Os tremores caracterizam-se por movimentos rítmicos de igual intensidade e amplitude; o movimento dominante na convulsão é a contração muscular; – Os movimentos rítmicos dos membros inferiores nos tremores, cedem geralmente com uma delicada flexão do membro afetado.
ETIOLOGIA
O tratamento adequado das convulsões baseia-se no seu diagnóstico etiológico. O quadro abaixo mostra a freqüência destas