Convergência de conteúdo x Democratização da informação x Propriedade intelectual

Na rede mundial de computadores, brasileiros diariamente criam novos blogs; alguns focados em conteúdos específicos, outros abertos para diferentes assuntos e debates. Um fato interessante é que, antigamente, quem controlava todo esse mundo cibernético eram grandes marcas e empresas. Partindo do princípio que hoje esse meio de comunicação está bastante difundido, e a utilização da web não exige muito custo, os “controladores” da rede acabam sendo os próprios consumidores, que falam das marcas, os leitores que falam das reportagens e os telespectadores que falam dos programas. E assim surge uma grande convergência de conteúdo digital entre as mídias tradicionais e sociais, que vêm se intensificando cada vez mais.
Henry Jenkins é um teórico da mídia que acaba de lançar um livro chamado Cultura da Convergência. Em entrevista ao Globo News ele explica a convergência de toda essa cultura de informação da seguinte forma: “a convergência, como um processo cultural, refere-se ao fluxo de imagens, idéias, histórias, sons, marcas e relacionamentos através do maior número de canais midiáticos possíveis, um fluxo moldado por decisões originadas tanto em reuniões empresariais quanto em quartos de adolescentes, moldado pelo desejo de empresas de mídia, de promoverem ao máximo suas marcas e mensagens e pelo desejo dos consumidores de obter a mídia que quiserem, quando, onde e como quiserem, e por meios ilegais se for impossível por meios legais.”
Segundo o filósofo Pierre Levy, o conceito mais importante da obra Cibercultura é de que a rede de computadores permite pessoas conectadas construir e partilhar a inteligência coletiva. Levy encara a internet como um agente humanizador e humanitário. Humanizador porque democratiza a informação e humanitário porque permite a valorização das competências individuais e a defesa dos interesses da minoria.
Já o inglês Andrew Keen, um estudioso sobre a internet, vê a democratização da informação como o fim da cultura. Ele defende a idéia de