Controle de dopagem no esporte: aspectos químicos e farmacológicos que afetam a detecção de drogas no cabelo
Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 38, n. 3, jul./set., 2002
Controle de dopagem no esporte: aspectos químicos e farmacológicos que afetam a detecção de drogas no cabelo
Francisco Radler de Aquino Neto1*, Marlice Aparecida Sipoli Marques1,2, Henrique Marcelo
Gualberto Pereira1
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LABDOP, Instituto de Química, Departamento de Química Orgânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro,
LABDOP, Instituto de Química, Departamento de Química Analítica, Universidade Federal do Rio de Janeiro
*Correspondência:
F. R. Aquino Neto
Instituto de Química/UFRJ
Centro de Tecnologia – Bl. A – Sala 607
Ilha do Fundão – Cidade Universitária
21949-9000 - Rio de Janeiro - RJ
Análise em cabelo (AC) é bem documentada na área de toxicologia forense. AC tem sido empregada para inferir se o consumo de determinado fármaco é crônico ou esporádico. A Sociedade de
Teste Capilar (STC) publicou normas sobre AC em dopagem no esporte, às quais são aceitas em cortes judiciais, apesar de não terem sido incorporadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Dentre as substâncias proibidas pelo COI o grande desafio da AC na área de controle de dopagem (CD) é a comprovação da sua viabilidade na detecção de esteróides anabolizantes (EA). Antes de validar a AC para o CD, a comunidade científica tem de responder pelo menos a cinco questões críticas: Qual a quantidade mínima detectável no cabelo após a administração? Qual a relação entre a quantidade detectada e a encontrada no cabelo? Qual a influência da cor do cabelo? Existe algum viés no teste em cabelo?
Qual a influência da contaminação exógena e do tratamento capilar e com cosmético? O fator limitante da AC em dopagem de atletas é a carência de dados científicos. O presente artigo faz uma revisão dos trabalhos publicados com um enfoque aos parâmetros analíticos e farmacológicos que limitam o emprego da AC no CD.
Unitermos:
• Análise de cabelo
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