Fisiologia do exercício e a problemática do doping esportivo
Quais são os limites do homem quando ele é submetido a um esforço supremo? Como se mede esse limite? Ou ainda: é correto, eticamente, submeter os atletas (ou deixá-los se submeter) a esforços sobre-humanos apenas para conseguir uma medalha e a glória efêmera de ter um recorde batido? Nos Jogos Olímpicos, a única forma de saber se um atleta rompeu o seu próprio limite é quando acontece uma dessas duas coisas: a medalha ou o acidente. Em 1992, Nova York, na tentativa de ingressar na equipe americana que foi à Olimpíada de Barcelona, o atleta Lleewelyn Starks, ao apoiar o seu pé direito no chão, para tomar impulso para o salto, sofreu fratura dupla e exposta da tíbia e da fíbula da perna direita. Como uma pessoa forte, bem constituído fisicamente, preparado e treinado para aquele tipo de prova, pôde ter a perna fraturada como se seus ossos fossem de vidro? A resposta não demorou a chegar: Starks chegou a seu limite físico, concluíram especialistas de todo o mundo. Ele atingiu aquele ponto em que não existe distância entre preparação perfeita e o estresse. E nesse ponto, o atleta ou bate um recorde ou seu corpo entre em colapso. Nada se afasta mais do espírito olímpico do Barão do Coubertin, autor da frase "o importante no esporte não é vencer, mas competir ", do que o uso de drogas para conseguir melhores resultados nas competições. Através deste trabalho procuramos mostrar os recursos legais e ilegais utilizados para melhorar o desempenho físico dos atletas. No 1º capítulo tratamos sucintamente a fisiologia do exercício muscular com os fatores que a determinaram. No 2º, referimos à uma nutrição adequada do atleta que influirá no desempenho do exercício, bem como os nutrientes necessários, o número de refeições e dieta antes, durante e após a atividade física. No capítulo seguinte, tratamos dos recursos ergogênicos nutricionais (ligados a alimentação), farmacológico (substâncias que além do efeito esperado causam efeitos colaterais), e