Controle da erosão nas praias
O ambiente litorâneo é um sistema dinâmico não-linear, onde as implicações de seus integrantes individualmente são aleatórias e não previsíveis. Estes sistemas evoluem no tempo e no espaço, com um comportamento desequilibrado e aperiódico, onde seu estado futuro é extremamente dependente de seu estado atual, e pode ser mudado radicalmente a partir de mudanças no presente.
Já reparou nas formas do litoral? Será que existem ilhas quadradas?
A modelagem da linha de costa deve-se a um conjunto de forças complexas que atuam no ambiente costeiro, formando o padrão existente.
Dom Hélder Câmara, Arcebispo Emérito de Olinda sempre utilizava uma celebre frase “cada ponto de vista é à vista de um ponto”.
Se olharmos da praia para o mar, observamos o movimento caótico das ondas com suas alturas variando a cada avanço e recuo do mar, observamos a intensidade do vento constantemente mudando de velocidade, observamos que grandes quantidades de areias se deslocam ao longo da linha de costa, tudo muda nesse ambiente em fração de segundos.
Se olharmos do mar para a praia, observamos o mesmo ambiente caótico sendo que a costa é a região onde parece que todas as forças convergem. É como se a costa fosse um atrator caótico.
Podemos concluir que as praias e as zonas costeiras são as regiões onde se faz sentir a ação energética do mar sobre os continentes. É a costa o obstáculo onde as ondas acabam por dissipar toda a sua energia.
No livro “Recuperação de praias e dunas” do Professor Karl Nordstrom (2010), da Universidade Estadual de Nova Jersey, Estados Unidos, vem à tona a necessidade de buscar melhor eficácia nas ações para encontrar soluções que tragam benefícios ambientais no controle da erosão costeira em áreas urbanizadas, é preciso diálogo entre as partes interessadas em resolver os problemas já instalados, num processo de discussão plural onde cientistas, ambientalistas, moradores, turistas e empresas, encontrem