Contradic O Es COC 4 16
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Contradições COC 4 – 16.19 1. Plano Real e eleição 1994;
O livro afirma que “Fernando Henrique teria usado ‘seu’ Plano” para promover-se eleitoralmente”. Os fatos estão deturpados. O Plano Real, sim, foi o responsável pela escalada fulminante de FH nas eleições. Mas é bom lembrar que seus dois oponentes foram contra às medidas estabelecidas pelo plano. Brizola fora contra a aprovação e manteve-se contra na corrida eleitoral. O PT de Lula também fora contra a aprovação e só após o sucesso eminente do Real que ele tentou usá-lo a seu favor, o que acabou não dando certo.
2. Neoliberal;
Segundo o livro, Fernando Henrique pretendia “desatrelas o Estado da economia’ por isso era enquadrado como um “neoliberal”. Mentira. FHC privatizou estatais sucateadas, que não possuíam mais espaço dentro da máquina e estavam sendo utilizadas como ‘cabide de emprego’; acabou com os privilégios e monopólios do Estado para atrair investimentos e aumentar a competência; e criou e deu autonomia para as agências reguladoras.
Apesar da esquerda radical continuar a usar esse termo ultrapassado, o Brasil está longe, bem longe, de ter um estado-mínimo – e esse nunca foi o projeto idealizado por FH.
3. Privatizações;
Longe do exagero do livro, não foram privatizadas 50 grandes empresas. A Vale e Telebras, citadas no texto, são exemplos de privatizações bem-sucedidas, e não representavam A Vale, por exemplo, hoje paga mais ao governo através de impostos do que arrecadava na época em que era estatal.
O livro poderia explicar com mais clareza a contribuição da Vale para a segurança nacional.
4. PIB;
Ao contrário do que o livro diz, não se deve ao Real o baixo crescimento econômico. Os historiadores do COC mais uma vez mostram dificuldade em entender o cenário internacional. Nessa época o mundo estava turbulento: a crise mexicana resultou na crise dos países emergentes, afetando diretamente o Brasil.
Contudo, a queda abrupta da inflação ocasionou efeitos expressivos sobre o