Contra legalização maconha
A legalização das drogas apresenta-se como um tema recorrente no Brasil. Isso pode ser observado nos debates presidências que ocorreram nas ultimas semanas. De um lado candidatos que objetivavam a legalização e, do outro, candidatos que eram contra. Essa questão pode ser avaliada de diversos ângulos.
Sob o ponto de vista da sociedade, talvez, a legalização do uso nos beneficiasse com um crime a menos no código penal, liberasse a polícia para ações mais relevantes, facilitasse a arrecadação de impostos sobre um novo produto e atraísse turistas para consumir a droga no nosso país.
Já pelo lado medico da questão o uso da droga pode trazer graves consequências ao usuário. Segundo dados da revista brasileira de psiquiatria vários estudos mostram que a maconha pode produzir alterações cognitivas. Usuários crônicos apresentam déficits em várias áreas, incluindo aprendizado verbal, memória de curto prazo, atenção e funções executivas. O uso da substancia também é fator de risco para experiências psicóticas na vida diária e duplica o risco de psicose. Ainda existe o risco de causar efeitos deletérios cerebrais devido à exposição intra-uterina à maconha.
Todos esses efeitos prejudiciais da droga gerariam uma grande demanda de atendimentos psiquiátricos. No entanto a situação da saúde publica no Brasil mostra-se precária. Recentemente, com o fechamento de diversos leitos psiquiátricos pelo Ministério da Saúde na chamada reforma psiquiátrica pode-se inferir que os locais para tratamento de dependentes são poucos
Tendo isso em mente legalizar o uso da maconha seria extremamente perigoso do ponto de vista médico. Visto que geraria uma grande demanda de pacientes ao setor da saúde que não poderia ser atendida. Dessa maneira muitos doentes ficariam sem tratamento adequado e sem o suporte necessário.