Continuar Fichamento Daniela Cidadania O Longo Caminho
O esforço de construção da democracia no Brasil ganhou destaque após o fim da ditadura militar em 1985. Uma das marcas deste esforço é a palavra cidadania.
Cidadania substituiu o próprio povo na retorica politica. Todos adotaram esta palavra.
Havia um certo entusiasmo, todos acreditavam que a democratização das instituições traria rapidamente a felicidade nacional.
A manifestação do pensamento é livre, a ação politica e sindical é livre. O direito ao voto nunca foi tão difundido. Mas por outro lado nem tudo caminhava tão bem, 15 anos se passaram desde o fim da ditadura e problemas centrais ainda existiam, como a violência urbana, o desemprego, o analfabetismo, a má educação, a péssima qualidade na saúde e no saneamento básico, e as grandes desigualdades sociais.
A falta de perspectiva a curto prazo de melhoras nestes ramos é um fator inquietante, principalmente pelo dependência que o Brasil tinha com os governos internacionais.
A cidadania é algo muito complexo. O exercício de certos direitos, como a liberdade de pensamento e o voto, não gera automaticamente o gozo de outros, como a segurança e a educação de qualidade.
Dito em outras palavras a liberdade e a participação não levam automaticamente, ou rapidamente, à resolução de problemas sociais.
A cidadania plena, é desenvolvida no Ocidental e talvez inatingível para o Brasil, mesmo assim ele tem servido de parâmetro para o julgamento da qualidade da cidadania em nosso país.
Um cidadão pleno seria aquele que tem os três direitos: Civis, políticos e sociais.
Pode haver direitos civis sem direitos políticos, o contrário é inviável. Se os direitos civis garantem a vida em sociedade, os direitos políticos garantem a participação no governo da sociedade, os direitos sociais garantem a participação na riqueza coletiva.
Outro aspecto importante, derivado da natureza histórica da cidadania, é que ela se desenvolveu dentro do fenômeno, também histórico, a que chamamos de Estado-Nação e que