Contexto

Para dar continuidade a esse contexto sócio-histórico do Ceará e posterior de Fortaleza iniciado pela Gerrara, irei adentrar em um período que compreende a metade do século XVIII e início do século XIX, que é o período da Fortaleza da Belle Époque, para mostrar que esses processos de remoções, remodelações, higienizações não ocorrem apenas no período atual, mas vem sendo um processo histórico que continua a partir de um processo reestruturante. Mas dando um breve panorama de como tudo isso aconteceu, de como se deu esse período que tanto transformou a capital, darei um breve panorama antes de iniciar o período de Belle Époque. Os EUA estavam em guerra civil no período, então, eles não estavam em condição de exportar produtos pra Inglaterra. Nesse contexto, Ceará entra como maior exportador de algodão e começa a se modificar no sentido de entrada de capital. No final de 1818, com o objetivo de organizar e modernizar Fortaleza, o governador da província, coronel Manuel Inácio de Sampaio convidou para ser seu ajudante, o engenheiro Antônio José da Silva Paulet. Paulet projetou e executou vários serviços e obras, elaborando a primeira planta de expansão com o objetivo de organizar o sentindo de Fortaleza. Foi inspirada no traçado xadrez que dominava até então nas cidades hispano-americanas que dava orientações para as ações do poder público local que até então não estava tão preocupados com uma nova remodelação da cidade. A revolução industrial, avanço da indústria têxtil na Europa e crescente demanda de produção de algodão fizeram com que o processo capitalista adentrasse na cidade e com isso a preocupação em reordenar e transformar a cidade à medida que o capital iria entrar na cidade. Todas as transformações ocorridas dentro da capital foram necessárias que o capitalismo fosse mais crescente pois as demandas das classes burguesas eram maiores. Essa crescente demanda, fez com que a centralização fosse fixada em Fortaleza, levando os comerciantes e fazendeiros a se