Contexto histórico tropicalista

CONTEXTO HISTÓRICO TROPICALISTA

Na década de 60, o Brasil encontrava-se em meio a grandes conflitos. A disputa entre forças comunistas (URSS) e capitalistas (EUA), conhecida como Guerra Fria conflagrava a América Latina incluindo o Brasil. Revoluções como a dos Marinheiros (1964) e a Revolução Cubana (1961) - que ascendia Fidel Castro e Che Guevara – impeliam a coação exercida pelos países capitalistas nas nações subdesenvolvidas. Cuba e China tentavam implantar o regime comunista no Brasil – que baseava-se em sistemas ditatoriais autoritários – financiando movimentos de esquerda e oferecendo ainda treinamentos militares para brasileiros em Cuba. Consoante Elio Gaspari (2002):
Em 1961, manobrando pelo flanco esquerdo do PCB, Fidel hospedara em Havana o deputado Francisco Julião. Antes desse encontro, com o olhar e cabeleira de profeta desarmado, Julião propunha uma reforma agrária convencional. Na volta de Cuba defendia uma alternativa socialista, carregava o slogan Reforma Agrária na lei ou na marra e acreditava na guerrilha como caminho para se chegar a ela. Julião e Prestes estiveram simultaneamente em Havana em 1963. Foram recebidos em separado por Castro. Um já remetera 12 militares para um breve curso de capacitação militar e estava pronto para fazer a revolução. Durante uma viagem a Moscou, teria pedido mil submetralhadoras aos russos. E o outro acabara de voltar da União Soviética. (p.178)
Concomitante a isso os EUA não toleravam movimentos igualitários e de desenvolvimento que tinham pensamentos comunistas em seu continente, então apoiou movimentos que repreendiam ameaças socialistas.
Internamente, o Brasil passava por sérios problemas como hiperinflação e a desigualdade que assolavam grande parte da população. João Goulart (Jango) elabora um plano de reforma para tentar abrandara situação tumultuosa do país. Em março de 1964, Jango estabelece a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras próximas às vias públicas,