Contexto Histórico do rádio brasileiro
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O contexto histórico do rádio brasileiro O rádio no Brasil tem sua primeira transmissão por volta de 1922, nos festejos do Centenário da Independência Brasileira.2 Ele nasce como meio de comunicação das elites, e não das massas (que não tinham contato com este meio), além de se dirigir a quem tinha condições de adquirir os aparelhos receptores que eram muito caros na época. Em sua primeira fase, o rádio brasileiro se estabeleceu como um veículo de comunicação privado, subordinado às regras do mercado econômico e ao mesmo tempo controlado pelo Estado. Sendo assim, a fórmula utilizada para a criação de uma nova emissora era a formação de uma rádio-sociedade, que previa em seus estatutos a existência de associados com obrigação de colaborar com uma determinada quantia mensal. Desta maneira, o setor radiofônico na década de 20 era uma área de incertezas, com investimentos caros e retorno duvidoso. Pode-se considerar que o desenvolvimento do rádio brasileiro foi freado neste período, não “apenas por razões de ordem técnica, mas também pela turbulenta conjuntura política”.3 Já na década de 30, o rádio sofre uma mudança radical com a inserção de mensagens comerciais, onde o que era “erudito”, “educativo”, “cultural”, passa a transformar-se em “popular”, voltando-se mais para o lazer e à diversão. No entanto, foi no governo de Getúlio Vargas que se demonstrou preocupações no sentido de estabelecer regulamentação específica para os diversos setores de produção cultural. Os decretos nº 20.047 e 21.111 (27.5.1931 e 1.3.1932, respectivamente) regulamentavam, de forma detalhada, o funcionamento técnico e profissional do setor radiofônico.4 Com a devida regulamentação, as emissoras puderam fazer o uso da inserção da publicidade favorecendo para que as rádios se organizassem como empresas. Sendo assim, seu intuito maior era disputar o tão sonhado “mercado”. Segundo Gisela Ortriwano, com o advento da publicidade as emissoras radiofônicas trataram de