Contexto do surgimento da sociologia no século xix
Com o visível progresso das formas de pensar, fruto das novas maneiras de produzir e viver pré-capitalistas, a burguesia emergente com sua filosofia iluminista de igualdade e liberdade dando importância ao indivíduo, começou a aumentar as suas críticas à dominação feudal, que possuía consideráveis privilégios. E durante essa investida da burguesia, rumo ao poder, sucedeu-se a liquidação radical de instituições tradicionais, seus costumes e hábitos arraigados.
Essas mudanças implicaram na reordenação da sociedade rural, onde até então, a força da pessoa estava no seu grupo e não no individuo, causando a destruição da servidão e o desmantelamento da família patriarcal.
Obrigando a transformação da atividade artesanal, em manufatureira e, em seguida fabril, causando uma maciça emigração do campo para a cidade, onde o trabalhador era apenas dono de sua força de trabalho, que ele vendia em condições desfavoráveis, em troca de salário. Assim surgiu o proletariado, que para sobreviver, toda a família, incluindo mulheres e crianças eram obrigadas a trabalhar nas fábricas mais de 15 horas por dia, em condições precárias.
Essa emigração causou o crescimento das cidades industriais, que foi vertiginoso com conseqüências tão visíveis quanto trágicas: aumento assustador da prostituição, do suicídio, do alcoolismo, do infanticídio, da criminalidade, da violência, de surtos de epidemia de tifo e cólera que dizimaram parte da população, etc.
Em pouco tempo, emergiu a classe operária que começou a ter consciência de seus interesses,