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Os problemas da Rússia se agravam, afetam as bolsas internacionais e ameaçam o Brasil. Incapaz de honrar suas vidas e com o rublo sob queda livre, a Rússia está em meio a uma falência.
DESENVOLVIMENTO
Para o mercado financeiro mundial, os dias têm sido intermináveis. A economia derrete por toda parte do mundo, acabando de vez com as idéias de quem julgava a crise era uma peculiaridade dos países emergentes. Pela primeira vez na História os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, a mais rica e mais poderosa economia do planeta, foram negociados com uma desvalorização de 20% sobre seu valor de face.
A Rússia comanda o desespero. Os problemas financeiros da ex-superpotência ganharam as ruas e se transformaram em caos político e social. Da Alemanha, ouve-se o presidente Helmut Kohl em favor dos russos, de quem os bancos germânicos são os principais credores. “George Soros, o megainvestidor e megavilão das finanças internacionais, também perdeu US$ 2 bilhões nas últimas semanas”.
O Diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Michel Camdessus, convocou os ministros da Economia do continente para uma reunião de emergência em Wasbington. Camdessus quer que façam o possível e o impossível para evitar que se repita aqui o cenário que se assiste hoje na Rússia.
O esforço de uma ação conjunta internacional é louvável. O problema é que a iniciativa, parte do FMI, desmoralizado pela ineficácia de suas intervenções para tentar represar a crise, primeiro na Ásia, agora na Rússia. Em Moscou, a renúncia de Yeltsin é tida como questão de dias. Em seu lugar, assumiria, para um mandato de 90 dias, o atual primeiro-ministro Viktor Chernomyrdin. Enquanto isso, a crise materializa-se nas filas em frente aos bancos e na corrida às lojas. A população russa troca socos em praça pública na tentativa desesperada de transformar rublos em dólares (oficialmente o câmbio do rublo foi suspenso pelo governo) e estocar-se de gêneros antes da