Contabilidade
A pesquisa antropológica tem demonstrado que as fases da vida, como a infância, a adolescência e a velhice, não são propriedades substanciais que o indivíduo adquire com o avanço da idade cronológica. As categorias de idade são construções históricas e sociais. Há trabalhos de diferentes autores que são unânimes em afirmar que os comportamentos em diferentes idades correspondem aos estímulos da natureza social, histórica e cultural que caracterizam diferentes épocas (DEBERT, 2003).
As representações sobre a velhice, a posição social dos idosos e o tratamento que ele recebe da sociedade ganham significados diversos conforme os contextos da sua época. Assim, o aposentado vem ganhando notoriedade nas falas das lideranças, nas suas associações, que desde a década de 1980 já vinham se concretizando em discussões sobre a Previdência Social. O idoso, como aposentado, ganhou identidade e formas de atuação no espaço público (SIMÕES, 2003).
Os idosos se nutrem do passado. Da sua trajetória se origina sua própria identidade, constituída pela representação de papéis sociais, papéis esses que vão dimensionar essa identidade. E há uma relação entre memória e construção de identidade social, compreendida no processo de envelhecimento. A memória, para o processo de envelhecimento tem lugar privilegiado na construção de sua identidade e suas estratégias de afirmação nos espaços sociais (FERREIRA, 2003).
Geralmente, a velhice está ligada às modificações do corpo, com o aparecimento das rugas e dos cabelos brancos, com o andar mais lento, diminuição das capacidades auditivas e visual, é o corpo frágil. Essa é a velhice biologicamente normal, que evolui progressivamente e prevalece sobre o envelhecimento cronológico. Cientistas e geriatras preferem separar a idade cronológica da idade biológica. Para eles, tanto o homem quanto à mulher se encontra na terceira idade por parâmetros físicos,