Contabilidade
Uma Análise do Ensino da Teoria da Contabilidade.
1 – Referencial Teórico
O conceito de ativo é apresentado como “o conjunto de bens e direitos de uma entidade” ou como “as aplicações de recursos” de uma empresa, é ensinada sem ensejar discussões, como a definição adequada para o termo de ativos. “É tão importante o estudo do ativo que poderíamos dizer que é o capitulo essencial da Contabilidade, porque à sua definição e avaliação está ligada a multiplicidade”.
Historicamente, diversas formas as colaborações dos pesquisadores e reguladores para o conceito de ativo. Paton (1924, apud IUDÍCIBUS, 2009) já abordava a questão da materialidade ou não da contraprestação – embora falhe por restringir ao conceito de posse do ativo.
Meigs e Johnson (1962, apud IUDÍCIBUS, 2009) definem ativos como recursos econômicos possuídos. De fato, a expressão recursos econômicos é mais abrangente, porém, o conceito ainda se limita à posse do ativo. Sprouse e Moonits (1962, apud IUDÍCIBUS, 2009) também abordam o tema e ao conceituá-lo, passa a idéia de benefícios futuros esperados. Os autores, porém ao dar ênfase às transações com terceiros ignorando que os ativos podem ser gerados de maneira interna, a exemplo do esforço em pesquisa e desenvolvimento e de outros ativos intangíveis. Martins (1972, apud IUDÍCIBUS, 2009) deixa claro que é o valor dos benefícios futuros que determinará o valor do ativo e não o agente, embora seja difícil separá-los.
Iudícibus (2009), por fim, destaca a conceituação elaborada por uma equipe de alunos da. disciplina Teoria da Contabilidade da USP e da PUCSP que se aproxima bastante do que se aceita atualmente com a melhor caracterização de ativo: “são recursos controlados por uma entidade capaz de gerar, mediata e imediatamente, fluxos de caixa”. Nesse sentido as seguintes terminologias são utilizadas por pesquisadores da Contabilidade: "benefícios futuros