Contabilidade
1. Apresentação
A contabilidade tem como um de seus atributos dispor de informações úteis para os seus inúmeros usuários e, talvez por isso, e diante de outras restrições naturais que impedem a geração de relatórios que atendam a todas as necessidades específicas, tem sofrido alguns questionamentos sobre as terminologias utilizadas.
Um desses termos é o lucro operacional (LO) que tem despertado dúvidas sobre o seu real significado e utilidade. Apesar de ser explicitado na Lei das Sociedades por Ações, os próprios contabilistas têm encontrado dificuldades para explicá-lo e, não obstante, outros analistas têm afirmado que tal informação é insuficiente para suas análises.
Este trabalho tem por objetivo abordar tais questionamentos sobre esse termo, relacionando-o com outros termos em língua inglesa como earnings before interest and taxes (EBIT) e earnings before interest and taxes, depreciation/depletion and amortization (EBITDA), e buscar argumentos junto às teorias de finanças que justifiquem ou aprimorem a sua classificação.
Inicialmente discute-se o que é lucro à luz das principais metodologias de mensuração e, adicionalmente, faz-se a integração com outros conceitos afins como: return on investment (ROI), return on equity (ROE), alavancagem financeira, weighted average cost of capital (WACC), economic value added (EVA) e market value added (MVA) .
2. Inicialmente: o que é Lucro?
Conta-se uma anedota nos meios acadêmicos sobre o contador em que o dono de uma empresa lhe pergunta: “Qual o lucro desse mês?...” e ele, prontamente, responde: “Quanto o senhor quer que seja?!...”.
Na verdade, existe um fundo de verdade nessa história! São várias as teorias que envolvem a mensuração de lucros, desde as mais objetivas como as de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos (PCGAs) até as mais subjetivas que levam em considerações as teorias econômicas, a mais valia,