Contabilidade Mental
Publicado na: Revista Brasileira de Contabilidade nº 172 (Julho/Agosto - 2008)
Página 77: Artigo: Reflexões sobre a Contabilidade Mental. José Carlos Marion
Resumo
Além das pessoas jurídicas, as pessoas físicas precisam também tomar decisões, buscando não só maximizar suas riquezas, como também seu bem-estar. Porém, muito mais que as empresas, o ser humano deixa de ser racional, inserindo em suas decisões variáveis comportamentais, psicológicas, sociológicas e emocionais. A contabilidade, apesar de ser uma ciência social, tem considerado muito pouco, até então, o comportamento do homem na avaliação do ativo e nas premissas que formam os seus pilares teóricos. A variável utilidade para maximizar o bem-estar do ser humano não tem sido foco nos estudos das Ciências Contábeis. Por outro lado, não temos visto tratados contábeis que contestam os processos decisórios, muitos vezes equivocados, que incorporam a psicologia, sociologia; emoções que ultrapassam os limites da racionalidade.Todavia, se discute se a construção de um modelo de informação voltado para a mente do homem, que muitas vezes não passa de “regras de bolso”, é atribuição da chamada Ciências Contábeis, ou das Finanças, ou da Economia Financeira, ou da Psicologia Econômica, ou de outra área de conhecimento. Ou, ainda, se o ato de processar dados, avaliar dados, tomar decisões, na esfera das emoções humanas, deveria ser tratado no conjunto de diversas áreas de conhecimento.
Abstract
Not only Legal entities, but Individuals have to make decisions, aiming not only to maximize its wealth, but also its well-being. However, much more than companies, individuals, abandoned the rational thinking, inserting behavior variables such as psychological, sociological and emotional among others in its decisions. Accounting has considered very little, until now, the human behavior in spite of being a social science in the evaluation of assets and assumptions that form