Contabilidade internacional
A Alemanha, em menos de meio século, saiu da Segunda Guerra Mundial der-rotada e dividida, com aliados de um lado (Alemanha Ocidental) e socialista de outro (Alemanha Oriental), até a sua reunificação em 1990 para torna-se, nos dias atuais, a terceira potência econômica do mundo, atrás somente dos Estados Unidos e do Japão.
O maior desafio para a Contabilidade na Alemanha foi à hiperinflação no inicio dos anos 20. A contabilidade com base em custos históricos perdeu sua capacidade de medir o valor dos ativos, patrimônio e passivos, bem como o lucro anual. Schmalenbach desenvolveu um conceito contábil baseado no poder de compra constante do dinheiro, como o objetivo de manutenção do patrimônio em termos reais. O lucro deveria ser de-monstrado somente se o patrimônio fosse mantido em unidades monetárias reais. Um índice geral de preço deveria ser usado para definir patrimônio e lucro. Na Alemanha, a Contabilidade, historicamente, visa à proteção do credor em termos de financial reporting, sendo bastante conservadora, em que o principio da pru-dência acaba prevalecendo sobre a competência em varias situações o mercado acionário não é muito desenvolvido e como conseqüência, não há exigência de financial reporting e por isso a contabilidade não foca atender às necessidades dos investidores. Os bancos são ao mesmo tempo credores e investidores, devido à cultura prevalecente de que tais instituições não são somente voltadas para emprestar recursos.
1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS CONTÁBEIS De forma geral, a maioria dos autores destaca dois grandes grupos distintos: o modelo Anglo-Saxão e o modelo Europa Continental. A Alemanha fica enquadrada no modelo Continental pelas características se-guintes:
• Profissão contábil fraca e pouca atuante;
• Forte interferência governamental no estabelecimento de padrões contábeis, notadamente a de natureza fiscal;
• As demonstrações financeiras buscam atender primeira-mente os credores e