Caju
A exploração da cultura do caju é considerada uma das principais atividades agroindustriais do
Nordeste do Brasil. Como o principal produto explorado nesta atividade têm-se a amêndoa da castanha de caju, que é industrialmente beneficiada nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, sendo uma das principais fontes de receita na exportação de produtos industrializados no Estado do Ceará.
Outra alternativa para a exploração econômica do caju é a industrialização do seu pseudofruto
(pedúnculo) que representa cerca de 90% do peso do fruto do caju. O potencial de agroindustrialização do pedúnculo do caju, permite que dele sejam obtidos diversos produtos da agroindústria de processamento de frutos tais como bebidas, sucos, doces, conservas etc. Outra alternativa que vem despontando a partir das pesquisas nas áreas de melhoramento genético e tecnologias pós-colheita é a exploração econômica do cajueiro anão precoce, na forma de fruto para consumo de mesa.
Ressalta-se que além da diversidade de produtos provenientes do processamento do caju e da potencialidade de aproveitamento econômico destes, a agroindústria do caju tem ainda um grande impacto sócio-econômico, em virtude do grande número de empregos gerados nas atividades agrícolas, industriais e comerciais, gerando renda e fixando o homem ao campo. Assim, a exploração do cajueiro apresenta-se como uma alternativa para melhoria da qualidade de vida do homem do campo, notadamente nas regiões mais pobres do Nordeste brasileiro.
2. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS E FÍSICO-QUÍMICAS DO
PEDÚNCULO DO CAJU
O pedúnculo de caju (Anacardium occidentale L.) apresenta uma grande variabilidade com relação às suas características químicas e físico-químicas, tendo como principais fatores que as influenciam o tipo de solo, o clima, o tipo de cajueiro (nativo ou clone de anão precoce), o estádio de maturação e as condições de plantio (sequeiro ou irrigado).
As TABELAS 1 e 2 a seguir apresentam