Contabilidade internacional
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1INTRODUÇAO As corporações nasceram no seio dos séculos ditos das trevas, a era medieval da civilização ocidental européia. A alcunha de “das trevas”, não é compatível com a tamanha inovação ainda prematura da época, o empreendimento das corporações. (DRAICK e MOTA, 2002)As corporações eram inicialmente estritamente familiares e na maioria das vezes de pequeno porte. A associação de familiares deu-se pelo processo de capitalização da empresa familiar, onde cada familiar que se sentisse motivado a comprar parte daquela empreitada deveria fazê-lo exclusivamente na sua própria família, pois no período medieval a agregação de não-familiares era restrita. (DRAICK e MOTA, 2002)Decorridos os primeiros decênios da era medieval, algumas famílias permitiram a cooptação de não-familiares, isto é, anônimos, nas suas empresas familiares, tendo em vista maior rentabilidade do negócio doméstico. (DRAICK e MOTA, 2002)A prática se perpetuou até dar origem a que é considerada a primeira atividade respeitável de sociedade anônima, o Banco de São Tiago em Veneza, que capitalizava suas atividades com a venda de pequenas porções do banco, as chamadas ações, que podiam ser adquiridas a preços mensuráveis e não aos preços de fortuna anteriormente praticados nesses tipos de negócios.(DRAICK e MOTA, 2002)Durante o século XVIII, o frenesi do Novo Mundo atalhava uma boa parte do tempo europeu,e com a perspectiva de exploração comercial altamente lucrativa dessas novas terras não faltaram empreiteiros corajosos e descapitalizados para buscar financiamento às caras excursões às longínquas terras americanas e indianas. (DRAICK e MOTA, 2002)
A solução seguida foi análoga a do Banco São Tiago, demonstrando-se mais uma vez profícua e rentável no curto prazo, uma vez que a capitalização por anônimos dispensava maiores burocracias. (DRAICK e MOTA, 2002)Em tempos modernos a mesma estratégia é adotada pelas grandes corporações mundiais que atuam no regime das S/A’s e por isso são menos