Com a crescente coerência dos mercados mundiais, novos agentes econômicos têm afetado o ambiente de negócios das organizações. A competitividade das empresas e, no significado mais agregado, dos setores econômicos, é causada pela sua capacidade de crescer frente aos melhores concorrentes internacionais. Isto implica a obtenção de ganhos contínuos de eficácia em termos de redução de custos, diferenciação de produtos e serviços, inovação tecnológica, entre outros. Além disso, envolve também a capacidade sistêmica de organização das cadeias produtivas, a partir das diferentes formas de coordenação estabelecidas entre os diversos agentes – públicos e privados – que as compõem. Num primeiro momento esse novo contexto traz resultados contraditórios, pois, ao mesmo tempo em que abre novas perspectivas, coloca também problemas e desafios a serem superados e, sobretudo, exige um grande esforço de adaptação por parte das organizações. No caso do agronegócio, as empresas ligadas ao setor são pressionadas a adotar estratégias competitivas, através de novas concepções, ações e atitudes, nas quais produtividade, custo e eficiência se impõem como regras básicas, mas não suficientes, na busca da sua sustentação duradoura no mercado. Nesse ambiente de mudanças, existem empresas que se adaptam mais rapidamente aos novos cenários do que outras, em virtude de melhor “controlar ou perceber” as forças que agem sobre o setor, conseguindo antecipar-se aos possíveis problemas e/ou oportunidades, definindo estratégias e aplicando métodos de gestão adaptados à realidade econômica e setorial. A abordagem econômica clássica explicava o êxito das organizações, em setores específicos, com base nos chamados fatores de produção, como terra, mão de obra barata e recursos naturais, numa noção “estática” de vantagens comparativas. Essa abordagem é, hoje, superada pela globalização da competição e pelo poder da inovação tecnológica. As atenções se voltam para a vantagem competitiva, que é