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Anos 40- Moda e Guerra
Longe de perceber o perigo que se avizinhava na primavera de 1940, a maioria das grandes casas de Paris, lançou suas coleções habituais.
Eclode o segundo grande conflito do século XX. Paris caiu em 1940. Entretanto, durante a Segunda Guerra, várias maisons1 continuaram a funcionar.
As roupas da época da guerra demonstram com que força a moda reflete a situação econômica e política vigente, a atmosfera do momento. O racionamento de roupas foi estabelecido em 1941. As roupas ganharam forte apelo masculino e militar, com caráter utilitário. A Sociedade de Estilistas de Moda de Londres segue rigorosamente as instruções de sobriedade impostas pelo Governo. Este os obriga a utilização mínima de tecidos nos moldes e a eliminação de detalhes ornamentais. De acordo com os imperativos econômicos, regras estabelecidas limitavam a metragem do tecido, o comprimento e a largura da saia. Aplicam-se mudanças no processo de fabricação e a racionalização da mão-de-obra.
A palavra-chave chama-se "recessão". Os tecidos e aviamentos são agora racionados e fiscalizados.
Nessa época de racionalização e penúria é comum uma prática antiga: a costura feita em casa e o aproveitamento do velho, do usado.
O grande look2 do início da década é o conjunto saia/casaco, além da saia-calça.
A saída para os estilistas eram as variações nos detalhes, da cor, do debrum3, ao bolso falso. A forma era de ombros quadrados, reta, de corte masculino imitando o corte das fardas. Moda militarizada.
As saias tinham pregas finas. Calças compridas de corte masculino eram populares.
Vestidos que pareciam saia e casaquinhos abotoados, faziam sucesso, à medida que as restrições aumentavam. Para o consumo eram necessário muito menos cupons, na hora da compra.
1
2
Maison- Estabelecimento de uma grife de moda.
Look- “estilo”.
3
Debrum- Fita, tira de pano que se cose dobrada sobre a orla de um tecido de modo a formar uma guarnição em relevo