Consumo

FAE
Economia Empresarial
CONSUMO
O consumo é a única finalidade e o único propósito de toda a produção.
- Adam Smith
A decisão sobre consumo é crucial para análise de curto prazo, por causa de seu papel na determinação da demanda agregada. O consumo corresponde a dois terços do PIB, de tal modo que as oscilações do consumo representam um elemento essencial para os hipercrescimentos e para as recessões.
Para Keynes havia três conjecturas, em primeiro lugar e de maior importância seria a propensão marginal a consumir – a quantidade consumida com um dólar adicional de renda – se situa entre zero e um. Ou seja, quando uma pessoa ganha um dólar adicional, ela geralmente gasta uma parte e pouca a outra.
Em segundo lugar, Keynes pressupôs que a proporção entre consumo e renda, conhecida como propensão média a consumir, diminui à medida que a renda aumenta.
Ou seja, que os ricos poupassem mais de suas rendas do que os pobres.
E em terceiro lugar, imaginava que a renda seria determinante principal do consumo e que a taxa de juros não teria um papel importante, apenas podia influenciar o consumo como uma questão teórica.
Contudo, após anos de estudos sobre as teorias de Keynes, nota-se uma função de consumo mais complexa do que a proposta dada por ele.
A primeira anomalia tornou-se patente após uma previsão lúgubre durante a Segunda Guerra Mundial. Com base na função keynesiana, economistas argumentaram que, à medida que as rendas da economia aumentassem no decorrer do tempo, os domicílios consumiriam uma fração cada vez menor de suas rendas. Ou seja, previram que a economia passaria pelo que eles chamam de estagnação secular – uma longa depressão, de duração indefinida – ao menos que o governo fizesse uso da política fiscal de modo a expandir a demanda agregada.
A segunda anomalia surgiu quando o economista Simon Kuznets descobriu que a proporção entre consumo e renda era extraordinariamente estável de uma década para outra, apesar dos grandes crescimentos