Consumo e investimento - Keynes
Na visão de Keynes a procura de consumo varia em razão do rendimento e em razão de quanto do investimento é destinado aos bens de consumo. O autor realça que normalmente a proporção gasta em bens de consumo é estável para qualquer nível de rendimento.
Keynes supõe que a propensão a consumir é relativamente estável a curto prazo e depende dos costumes da comunidade, da distribuição do rendimento e do sistema tributário entre outros fatores. Porém a suposição que a propensão a consumir é estável a curto prazo não é real, é apenas uma generalização da experiência real e considerando tal generalização como realidade pode-se dizer que a quantidade de consumo da comunidade varia de acordo com o rendimento.
Quando a propensão a consumir é alta o emprego é favorecido, pois causa uma pequena diferença entre o rendimento e o consumo provocado pelo rendimento correspondente aos diversos níveis de emprego. Se a propensão média a consumir fosse 100% todos teriam seus empregos garantidos e a oferta criaria sua própria procura. Porém, no mundo real essa propensão não atinge os 100%.
Investimento:
O investimento na economia é o gasto realizado pelos homens de negocio em fábricas, maquinarias e outras formas de produção. O incentivo para fazer investimentos normalmente é a expectativa de lucros.
Já para Keynes o que incentiva o investimento é a eficácia marginal do capital, que seria a rentabilidade do investimento em relação ao tipo de juros pago pelo dinheiro que custeia o investimento, ou então a porcentagem de lucro que o investimento produz por ano. A eficácia marginal do capital determina a taxa de rendimento sobre o custo previsto para produzir uma unidade a mais de um tipo particular de bem de capital, e o investimento somente prosseguirá quando a taxa de rendimento esperado exceder a taxa de juros.
A eficácia marginal do capital se caracteriza pela instabilidade a curto prazo e por uma tendência para o declínio a longo prazo. Quando a eficácia marginal