Consumo Alimentar Residual
Para aumentar a rentabilidade de um sistema de produção animal é preciso diminuir os custos, principalmente aqueles relacionados à alimentação, e, para tanto, além de utilizar alimentos mais baratos na constituição das dietas, é importante a manutenção de rebanhos de animais eficientes.
Na Austrália, Canadá e Estados Unidos e, mais recentemente, no Brasil (Bonim et al., 2008), vêm sendo desenvolvidas pesquisas em torno de um conceito de eficiência de produção lançado por Koch et al. (1963), chamado de consumo alimentar residual. O consumo alimentar residual (CAR) é uma medida de eficiência alimentar independente do crescimento e do peso à maturidade, calculado como a diferença entre o consumo observado e consumo predito estimado em função do peso vivo médio metabólico e no ganho médio diário em peso. Dessa forma, os animais com CAR negativo são classificados como mais eficientes e aqueles com CAR positivo como menos eficientes. O melhoramento genético, ao utilizar o consumo alimentar residual como critério de seleção, poderia reduzir os custos com alimentação, haja vista as diferenças existentes na ingestão de matéria seca dos animais com o mesmo ganho médio diário em peso. Frente às vantagens da sua utilização em programas de melhoramento genético, o alto custo para sua determinação limita sua adoção, pois é necessária a coleta individual dos dados de ingestão de alimentos dos animais. Além disso, o conhecimento incompleto dos mecanismos biológicos relacionados ao aumento da eficiência alimentar dificulta a identificação e posterior seleção dos animais de genética superior.
É importante obter estratégias que melhorem a eficiência alimentar sem prejudicar características de desempenho, reprodução ou comprometer a qualidade da carne. Uma medida de eficiência alimentar é a conversão alimentar (kg de consumo/kg de ganho), essa possui grandes limitações por ser correlacionada com