Consultoria administrativa
NÃO, OBRIGADO. MINHA EMPRESA NÃO TEM PROBLEMAS
Presença frequente no discurso afiado de boa parte dos gestores, o repúdio à ideia de amparo externo na condução de seus próprios negócios se vale da justificativa da ausência aparente de problemas estruturais, relacionais, financeiros ou mercadológicos. Mais ainda. Percebe-se, na realidade, que existe uma quimera, uma espécie de mito em torno desta eficiente ferramenta que supostamente esboça na mente do administrador contornos de ingerência administrativa, acuando-o e expondo-o publicamente, pelo menos em seu entendimento, a um sentimento equivocado de incompetência administrativa. Mas, não raro, agimos como consultores ou buscamos alguém para nos ajudar com nossas dúvidas. Pelo simples fato de tomar opinião sobre qual roupa usar estamos, ainda que de maneira elementar, nos valendo da consultoria no nosso cotidiano. Modernamente, a consultoria revestiu-se de contornos mais formais, especializou-se e lançou raízes no ambiente competitivo das empresas sem, contudo, se limitar ao interior destas. Seja pela urgência da tomada de decisões em um mercado globalizado cada vez mais volátil, seja pela infinidade de informações à disposição ou por outras tantas variáveis mercadológicas e estratégicas influentes – a incessante busca pela redução de custos, as alterações em leis e regulamentações ou a fragmentação das atividades – o receio de se perder a competitividade ou o controle dos negócios tem levado muitas empresas a buscar no ambiente externo esse conhecimento para que possam receber uma visão mais crítica e imparcial que possa auxiliá-las na condução inteligente de seus processos. É sabido que o Brasil é um país com forte vocação empreendedora. Entretanto, uma pesquisa mostra que metade das empresas fecha antes de cinco anos. Seria um dado preocupante em um país tido como desestruturado, onde os recursos são frequentemente subutilizados caso não fossem estes os mesmos números nos EUA e na