construções em análise
Freud concorda quando diz que um “sim” ou um “não” de um paciente podem ter significados ambíguos.
Coloca como trabalho da análise, fazer com que o paciente abandone as repressões de seu desenvolvimento primitivo, substituindo-as por reações mais adaptadas a uma condição psiquicamente madura. Sintomas e inibições são consequências destas repressões que foram substituídas e, portanto esquecidas.
Para que consiga tal feito, ele precisa recordar destas situações bem como de seu conteúdo afetivo respectivo, e tal fato se dá através do trabalho conduzido pelo analista através dos sonhos, da associação livre e da transferência.
A tarefa do analista é de completar aquilo que foi esquecido a partir dos traços apresentados pelo paciente, ajudando-o a reconstruir sua história. Diante disso, o texto traz uma breve comparação do analista e de um arqueólogo, onde ambos trabalham com a reconstrução através do uso de fragmentos (paredes e alicerces por exemplos no caso do arqueólogo e lembranças e associações no caso do analista). A grande diferença está em que o arqueólogo trabalha com objetos incapazes de retornarem a sua forma original, enquanto o analista trabalha com elementos que ainda se encontram preservados, mesmo que muitas vezes esquecidos e inacessíveis ao indivíduo. Finalizando, a comparação ainda traz, que o “para o arqueólogo, a reconstrução é o objetivo e o final de seus esforços, ao passo que para o analista, a construção constitui apenas um trabalho preliminar” (Freud. p. 294)
Os trabalhos em uma construção analítica, não são preliminares. A sua