Construindo cartografias de vida: práticas concretas de produção de dispositivos de resistências na busca pela construção de singularidades em projetos de análise do vocacional com jovens de ensino médio.
JORGE ANTONIO TAVARES PEIXOTO jorgepeixoto@ufrj.br CONSTRUINDO CARTOGRAFIAS DE VIDA: PRÁTICAS CONCRETAS DE PRODUÇÃO DE DISPOSITIVOS DE RESISTÊNCIAS NA BUSCA PELA CONSTRUÇÃO DE SINGULARIDADES EM PROJETOS DE ANÁLISE DO VOCACIONAL COM JOVENS DE ENSINO MÉDIO.
(Título Provisório)
Anteprojeto para Seleção do Mestrado em Psicologia
Linha de pesquisa: Processos Psicossociais e Coletivos
Rio de Janeiro, Setembro / 2010.
RESUMO
Este projeto pretende, a partir de algumas experiências vividas e ainda vivenciadas em instituições públicas, privadas e filantrópicas com jovens de 15 a 18 anos, problematizar alguns dos efeitos da produção do mito do indivíduo como único responsável por seu destino e pelo seu “sucesso”. E, partindo desse analisador, refletir as questões que vão sendo impostas por essa exigência num trabalho de Análise do Vocacional inserido no ensino médio de uma escola privada da Baixada fluminense. Ademais, pretende-se repensar durante este processo, especialmente com autores como Félix Guattari e Gilles Deleuze, como os conceitos cunhados por estes de “Processos capitalísticos”; “Serialização”, “agenciamentos de enunciação” e “Produção de Subjetividade”, poderiam ser utilizados como ferramentas práticas e dispositivos para a compreensão e apropriação por parte dos jovens das questões que envolvem o processo de naturalização da escolha profissional em um modelo personalizado e individualista. Por fim, utilizando-se especialmente das idéias de Michel Foucault, especialmente em seus estudos sobre o saber e o poder, pretende-se pensar no próprio fazer deste profissional “orientador”. Seja este como um elemento crítico deste processo - na medida em que conhece que o espaço que a este atribuem pode servir à promoção das mais diversas singularidades e formas de buscar “ser no mundo” - ou para a reprodução e manutenção desses processos de alienação e participação acrítica