Considerações sobre um ambiente ergonômico de ensino-aprendizagem informatizado
Elissandra Silva Santos
Henrique Nou Schneider, ao propor em sua tese de doutorado “Um Ambiente ergonômico de Ensino-aprendizagem Informatizado” (2002) a construção de um ambiente de ensino-aprendizagem que leve em consideração o processo cognitivo do aluno, defende que a escola deve ser um espaço construtivista, dando condições para a expansão contínua do conhecimento.
Segundo o autor, duas questões devem ser revistas de maneira relacional: a primeira nos leva a questionar que escola temos; a segunda que tipo de sociedade queremos. Respondendo a ambos questionamentos, percebemos que os objetivos da escola e sociedade se interrelacionam, o que nos leva a fazer um terceiro questionamento: por que a escola não acompanha as necessidades/exigências da atual sociedade?
Nesse contexto, Schneider nos apresenta no segundo capítulo intitulado “O Paradigma Educacional da Era Industrial: uma análise crítica”, uma reflexão quanto ao paradigma educacional da era industrial ainda se fazer presente na sociedade contemporânea. Tendo por base um referencial teórico que fundamenta sua proposta de analisar os parâmetros epistemológicos que definem os contornos de uma sociedade. Nesse sentido, para fundamentar sua análise sobre os princípios básicos da sociedade industrial e mostrar como estes definem os contornos e modelos educacionais Schneider usa autores como TOFLER (1980), DE MASI (1999), MORGAN (1996), WISNER (1993), PRETTO (1996), RAMOS (1995), ALVES (2001), SANTOS (2001), GENTILLI (1994), GIDDENS (1998), SÜSSMUTH (1998).
Nesse trabalho Schneider nos alerta para as mudanças trazidas pelos avanços tecnológicos e como isso afetou o “modus vivendi” do homem atual, destacando como se modificou a relação homem, sociedade e trabalho. Segundo o autor, estamos saindo da era industrial e adentrando na era do conhecimento, e após caracterizar como se configura a sociedade industrial