Conservantes para cosméticos
Conservantes, ou também conhecidos como preservantes, são substâncias químicas cuja função é inibir o crescimento de microorganismos no produto, mantendo-o livre de deteriorações causadas por bactérias, fungos e leveduras.
Os conservantes, encontrados hoje em dia no mercado, podem ter atividade bacteriostática ou fungistática, pois, em geral, substâncias químicas ativas contra bactérias não são ativas contra fungos e os ativos contra fungos não são efetivos contra bactérias.
Para a escolha do melhor sistema conservante, antes de tudo, é preciso que o químico tenha conhecimento do trinômio produto - conservante - microorganismos. A seguir alguns aspectos são discutidos.
Em primeiro aspecto, avalia-se a atividade de água do produto, para definir a suscetibilidade do produto aos microorganismos. Cremes e loções, por exemplo, apresentam suscetibilidade a fungos e bactérias, fazendo-se necessário o uso de um conservante com atividade de amplo espectro.
O segundo aspecto refere-se a checagem, junto as legislações, da regulamentação do uso de substâncias de ação conservante permitidas. No Brasil, atualmente, as normas de BPFeC (Boas Práticas de Fabricação e Controle) são estabelecidas pela Portaria do Ministério da Saúde No 348 de 18 de agosto de 1997 e a lista de conservantes permitidos para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes consta da Resolução RDC No 162 de 11 de setembro de 2001. A regulamentação varia de país para país, sendo o Japão o país com a lista mais restritiva.
Em terceiro aspecto são consideradas as propriedades físico-químicas do produto para se prever possíveis incompatibilidades químicas com os componentes da fórmula e até de inativação do conservante. As propriedades organolépticas também devem ser consultadas, a fim de analisar possíveis interferências na cor, no odor e também no sabor, em caso de produtos para os lábios. Via de regra, o ideal é adicionar os conservantes ao final do processo de produção, de