CONSEQU NCIAS DOS CONFLITOS EM FRICA
“O PNUD considera que prevenir e resolver conflitos e aproveitar oportunidades para a reconstrução pós-conflito aceleraria visivelmente o progresso para atingir os Objectivos do Milénio definidos pela ONU, nomeadamente a redução da pobreza para metade até 2015.”...Segundo (Aldeiagriot. blogspot.com) (28.08.211).
Segundo dados das Nações Unidas, a maioria dos países da África subsaariana não conseguirá atingir estes objectivos. O relatório aponta o Sudão como exemplo da relação directa entre o conflito e o baixo Índice de Desenvolvimento Humano.
Após mais de duas décadas de guerra civil entre o norte e o sul, que provocou mais de dois milhões de mortos e quase seis milhões de deslocados, apenas uma em cada cinco crianças sudanesas frequenta a escola, cerca de um terço da população não tem saneamento básico e a taxa de mortalidade materna é das mais elevadas do mundo.
Em Darfur, região oeste do Sudão onde persiste um conflito há dois anos e meio já classificado pela ONU como a pior crise humanitária do mundo, as taxas de má nutrição estão estimadas em 40 por cento e 60 por cento das pessoas não têm acesso a água potável.
De acordo com o relatório do PNUD, os conflitos provocam a "ruptura dos sistemas alimentares, o colapso dos meios de subsistência e a desintegração de serviços básicos, já de si limitados, e cria poderosos efeitos multiplicadores, com as crianças na linha da frente das vítimas".
Dos cerca de três milhões de mortes no mundo desde 1990 relacionados com conflitos violentos, dois milhões são crianças, com a República Democrática do Congo a registar o número mais elevado.
As consequências da guerra civil de quatro anos neste país, que terminou em 2002, continuam hoje a matar cerca de 31.000 pessoas por mês.
Segundo o documento, os conflitos têm também um impacto negativo na propagação do HIV/Aids, com a África Subsaariana a liderar a nível mundial com cerca de 26 milhões de infectados de um total de 41 milhões.