Consciência, intencionalidade e existência
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Psicologia
Disciplina de Antropologia Filosófica
Professor Fernando Maurício
Aluna: Silvana Cardoso
Tema: Explicitar por que Sartre supera a Filosofia Clássica, ampliando a consideração do homem (Antropologia Filosófica); por que supera o problema do homem na Psicologia Clássica.
Termos a serem usados: consciência, intencionalidade e existência.
Para Sartre, a existência é o que define sua filosofia, colocando tal conceito antes da essência e estabelecendo uma concepção de consciência que lhe é particularmente peculiar. Segundo ele, o homem é o ser para o qual a existência precede a essência, ele não é “pensado” antes de adquirir uma forma concreta – ele existe e se define por si só, se faz, é livre. Na existência não há necessidades, determinismos, tudo é aberto a possibilidades – contingências.
Utilizando-se da Fenomenologia, com respaldo em Husserl, Sartre busca descrever como as coisas se relacionam, vêem à consciência, afirmando ser preciso “voltar às coisas mesmas”.
Nesse momento se estabelece a constatação de que a consciência busca o que ainda não é, de que ela existe sobre o não ser e que não se configura num objeto ou qualquer outra coisa – mas é pura intencionalidade. Para além de conteúdos a serem digeridos numa chamada consciência mecanicista, ela é intenção que se dirige, abarca um quê de irreal, e por isso mesmo é liberdade. Em Sartre, a consciência descreve a liberdade - não presa a espaço, tempo ou a qualquer coisa; não é entendida como um receptáculo, tampouco as coisas de que tem consciência; não é substancial – é movimento. Husserl denomina de intencionalidade a necessidade da consciência existir como consciência de outras coisas que não ela mesma.
E essa liberdade trás angústia (Existencialismo), através do nada como essência da subjetividade humana e de sua existência. Pode-se fugir... mas aí não se vive...
Percebe-se que em Sartre,