conheciment0
Junto à questão “Quem somos?”, uma das principais questões da filosofia, vem implícita a questão como sabemos/conhecemos? Em outras palavras, os seres humanos como pensantes, dinâmicos, inteligentes, criativos e inconformados, não se dando por satisfeitos com as respostas dadas, estão em permanente movimento de busca – “movimento de construção do saber” (GALLO, 2002, p. 11) – que se abre à complexidade do gênero humano diante da complexidade do mundo.
O conhecimento do mundo como mundo é necessidade ao mesmo tempo intelectual e vital. É o problema universal de todo cidadão do novo milênio: como ter acesso às informações sobre o mundo e como ter a possibilidade de articulá-las e organizá-las? Como perceber e conceber o Contexto, o Global (a relação todo/partes), o Multidimensional, o Complexo? (MORIN, 2000, p. 35) .
Como já se viu em aulas anteriores, as respostas dadas à questão como saber/conhecer vêm marcadas pelo tempo e espaço de cada um dos grupos humanos. Vêm marcadas pela cultura, entendida como “maneira pela qual os humanos se humanizam por meio de práticas que criam a existência social, econômica, política, religiosa, intelectual e artística” (CHAUÍ, 1999, p. 295) . Assim, por exemplo, o saber acumulado, as estruturas sociais, econômicas e políticas, os avanços tecnológicos de uma determinada sociedade mantêm forte influência sobre o como/saber conhecer e, de certa forma, condicionam os processos de conhecimento quanto às possibilidades de seus avanços e de sua pertinência/relevância.
Em diversas situações da vida cotidiana, principalmente as que envolvem a vida acadêmica e profissional, ouve-se, hoje, falar de que se vive uma sociedade do conhecimento. Ao mesmo tempo em que essa expressão traduz os rápidos avanços que se teve quanto a diferentes áreas do conhecimento, revela uma certa perplexidade do ser humano que, colocado diante destes novos saberes, vê-se desafiado a repensar os seus valores, as suas