Conflitos étnicos-nacionalistas e separatismo
NAÇÕES E NACIONALISMO NO NOVO SÉCULO
Atualmente existe uma ampla literatura acadêmica a da natureza e da história das nações e do nacionalismo, produzida sobretudo desde a publicação de diversos textos inovadores na década de 1980. A partir desta data o debate desta tem sido continuo, mas na entrada do século XXI uma breve pausa pode ser útil para considerarmos as mudanças históricas que ocorreram nas ultimas décadas e que o afetarão. A principal delas é o surgimento de uma era de instabilidade internacional iniciada em 1989, cujo fim ainda não se pode prever. Este é o propósito da presente nota. Hoje é fácil avaliar as consequências duradouras do fim da Guerra Fria, como da União Soviética e da sua esfera de influência. Sendo que ambas podem ser vistas, retrospectivamente como forças politicamente estabilizadoras. Desde 1989, pela primeira vez na história Européia desde o século XVIII, deixou de existir um sistema de poder internacional.
A década de 1990 viu uma notável balcanização de grandes regiões do Velho Mundo, sobretudo por meio da desintegração da União Soviética e dos regimes comunistas nos Bálcãns, o que provocou a maior ampliação no numero de Estados soberano a internacionalmente reconhecidos desde a descolonização dos impérios europeus entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a década de 1970. A composição das Nações Unidas aumentou em 33 países desde 1988. Esse período viu também o aumento dos chamados “Estados falidos”, onde ocorreu o virtual colapso da efetividade dos governos centrais, ou uma situação edêmica de conflito armado interno notadamente na Africa e a região dos Estados ex-comunistas, mas também em pelo menos uma área da America Latina. Com efeito, durante alguns anos, depois do fim da União Soviética, mesmo seu principal sucessor, a Federação Russa, parecia prestes a somar-se ao grupo dos “Estados falidos”, mas os esforços do governo do presidente Putin em favor da restauração