conflitos sobre a falta de agua no mundo
Nome: Luciano Daniel dos Santos
Egito
Verões rigorosos, demanda crescente e aumento constante das tarifas tornam a situação do abastecimento de água no Egito bastante complicada. Faltam sistemas de saneamento em larga escala e menos de 15% da população conta com esgoto tratado. Durante o verão de 2008, muitos pessoas chegaram a beber água diretamente do próprio Nilo, o que causou uma série de infecções.
Em muitos casos, nas áreas rurais onde não há canalização, os dejetos ficam a céu aberto, contaminando o solo e consequentemente os escassos lençóis freáticos. O acesso ao Rio Nilo, sem o qual o Egito seria um mero deserto, também está cada vez mais disputado por outros países, como Uganda, Etiópia, Ruanda e Tanzânia. A totalidade da população egípcia, estimada em 80 milhões de habitantes, retira do Nilo 90% de seus recursos hídricos.
Arábia Saudita
A Arábia Saudita é outro país que vive a crise da água de forma dramática. Pela falta de corpos hídricos na superfície, o abastecimento de água potável para o consumo e para outras atividades agrícolas e industriais é quase que totalmente garantido por fontes subterrâneas. Hoje, 90% da água de poços profundos é utilizada para fins agrícolas. O problema é que esse recurso, já precariamente baixo, tem sido contaminado há décadas por conflitos no Golfo Pérsico e pela infiltração de poluentes da própria atividade agrícola. Em função disso, o país começou a procurar novas fontes de água, movimento que pode resultar em pontos de tensão política e conflitos com seus vizinhos.
Iêmem
O Iêmem é a sétima nação do mundo em risco extremo de secar. Mantidos os ritmos atuais de extração, os poços que abastecem a capital Sanaa podem praticamente desparecer nos próximos dez anos. Conflitos civis são a principal efeito de uma oferta de água que não acompanha o crescimento populacional, um dos mais elevados do mundo, com taxa de crescimento 3,46 por cento em 2008.
Emirados Árabes
A escassez de água é