CONFLITOS REFORMA AGRARIA
O clima de tensão entre governo e MST (movimento dos trabalhadores rurais sem terra) é de longa dada e não foi apaziguado nem no governo Lula, dito esquerdista.Com o passar dos governos nota-se além da pouca iniciativa de respostas a questão da reforma agrária no país uma progressão geométrica do número de famílias sem terra, conflitos agrários e invasões de terra.
Esse aumento pode ser facilmente explicado pela ausência do governo na causa agrária, uma vez que o assunto põe em jogo os interesses dos latifundiários que quase sempre estiverem a frente do poder político do país versus os movimentos agrários que pressionam de forma explícita o governo perante a sociedade. Essa posição pouco confortável do governo diante da situação agrária faz com que todas as ações para uma possível solução seja feita de forma acelerada quase sempre sob grande pressão e consequentemente sem planejamento.
A concentração de grandes territórios nas mãos de poucos, e a pouca iniciativa governamental apenas aumentaram ao longo dos anos o número assim como a insatisfação das famílias sem terra no país, tornando constante aos olhos da sociedade a violência dos conflitos agrários cada vez mais frequentes.
Com um grande número de famílias vivendo sem nenhuma infraestrutura, a fragilidade da legislação em prol do trabalhador rural e a forte oposição dos latifundiários ao MST ou a qualquer movimento de mesma inciativa, vemos dentro dos conflitos uma aparição do governo apenas quando se trata dos militantes, índios ou outros trabalhadores e fica explicito a como este ignora a participação “donos das terras” , empresários, madeireiros e até grileiros que compõem o conflito e até podem ser os mandantes do mesmo.
Sabe-se sem dúvidas que a reforma agrária está prevista em lei e deveria teoricamente com o nosso histórico de problemas a respeito ser uma prioridade dos governos, porém com tantos jogos de interesse em volta dessa questão