Conflitos na Síria
Entenda os confrontos que se iniciaram na Primavera Árabe de 2011 e se transformaram em uma guerra civil.
2011
Inspirados pelas revoluções na Tunísia e Egito, os protestoas da Síria começaram em meados de março de 2011, na cidade de Deraa, no sul do país. No início, os manifestantes reivindicavam mais democracia no país e a libertação de 14 estudantes supostamente torturados.
Os protestos, pacíficos, foram brutalmente interrompidos pelas forças do governo, que abriram fogo contra os manifestantes. Segundo a Anistia Internacional, o número de mortos nas manifestações no fim de março foi de 228 pessoas. A ação do governo acabou por impulsinoar as manifestações e cidades como Baniyas, Homs, Hama e Damasco uniram-se as reivindicações que agora também pediam pela renúncia do presidente Bashar al-Assad.
Mesmo sob pressão da comunidade internacional, o governo continuou a repreender a população e, em 26 de abril, tanques do exército foram enviados a Deraa. Nesse mesmo dia, cerca de 500 manifestantes foram presos em todo país. Em maio, o Exército Sírio também iniciou o cerco as cidades de Baniyas, Hama, Talkalakh, Lataquia e Al-Midan, além de vários distritos de Damasco.
Assad, em uma declaração pública, afirmou que não deixaria o poder, porém, aboliria o estado de sítio do país que durou 48 anos, além de conceder anistia aos presos políticos. Segundo as agências, apesar dos libertos, cerca de 37 mil presos políticos permaneceram encarcerados.
No fim de 2011, as forças do governo sírio ainda reprimiam os manifestantes, prendendo centenas de pessoas e deixando milhares de vítimas. A oposição síria relatou casos de estupros, assassinatos e alegou que milhares de civis estavam sendo expulsos de suas casas pelas forças do regime. O governo, por sua vez, negou as acusações.
2012
No final de fevereiro, frente aos constantes aumentos dos protestos e da pressão da comunidade internacional, o governo sírio anunciou uma nova constituição,